Campisinato

10323 palavras 42 páginas
RAÍZES HISTÓRICAS DO CAMPESINATO BRASILEIRO

MARIA DE NAZARETH BAUDEL WANDERLEY

XX ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS. GT 17. PROCESSOS SOCIAIS AGRÁRIOS. CAXAMBU, MG. OUTUBRO 1996

“Les sciences sociales du XIXe. Siècle ont fait preuve d’une incompréhension surprenante à l’égard des choses rustiques. Tout leur effort d’analyse et d’interprétation s’est porté sur l’économie industrielle et sur la société urbaine. Fascinées par la naissance de la classe ouvrière, par la prodigieuse efficacité de l’entreprise capitaliste et par l’instrument unique que constitue la monnaie, elles se sont désintéressées d’un système social qui fonctionne sans salariés, ni entrepreneurs, ni monnaie, et qui cependant demeurait majoritaire en Occident il y a un siècle, et le demeure encore aujourd’hui dans le monde.” HENRI MENDRAS. La fin des paysans.

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Dedico este trabalho ao Professor HENRI MENDRAS.

INTRODUÇÃO. A agricultura familiar não é uma categoria social recente nem a ela corresponde uma categoria analítica nova na Sociologia Rural. No entanto, sua utilização, com o significado e a abrangência, que lhe tem sido atribuídos nos últimos anos, no Brasil, assume ares de novidade e renovação. Fala-se de uma agricultura familiar como um novo personagem, diferente do camponês tradicional, que teria assumido sua condição de produtor moderno; propõem-se políticas para estimula-los, fundadas em tipologias que se baseiam em sua viabilidade econômica e social diferenciada. Mas, afinal, o que vem a ser uma agricultura familiar? Em que ela é diferente do campesinato, do agricultor de subsistência, do pequeno produtor, categorias que, até então, circulavam com mais frequência nos estudos especializados? Como entender o campesinato brasileiro à luz da teoria clássica? Este trabalho tem a intenção de refletir sobre este tema, tendo como ponto de partida e eixo norteador, as seguintes hipóteses: a) - a agricultura familiar é um conceito genérico, que incorpora uma diversidade de situações

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