Caminhos abertos pela sociologia
Heráclito nasceu em Éfeso, cidade da Jônia (atual Turquia). Diógenes Laércio relata que "Heráclito, filho de Blóson, ou, segundo outra tradição, de Heronte, era natural de Éfeso. Tinha uns quarenta anos por ocasião da 69ª Olimpíada (504-501 a.C.). Era homem de sentimentos elevados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros".
Por seu desprendimento em relação ao poder e pelo desprezo que dedicava aos bens materiais, Heráclito não era simpático aos efésios, que eram exatamente o seu oposto. Foi, aliás, muito criticado por seus concidadãos quando conseguiu convencer o tirano Melancoma a abdicar para ir viver nos bosques, em livre contato com a natureza1 . Heráclito era acusado de desprezar a plebe, de se recusar a participar da política - essencial aos gregos) - e de desdenhar os poetas, os filósofos e a religião.
O Deus e a alma
Dentro do pensamento de Heráclito, Deus não tinha a aparência de um homem nem de outro animal qualquer. Em seu pensamento, Deus não era nem criador, nem onipotente. Heráclito limitava-se a identificá-lo com os opostos, os quais persistem apesar de suas mudanças e assim são capazes de compreender sua própria unidade.
"O Deus é dia-noite, inverno-verão, guerra-paz, saciedade-fome; mas se alterna como o fogo, quando se mistura a incensos, e se denomina segundo o gosto de cada um."
Nesse argumento, podemos ver que Heráclito considerava as diversas divindades da mitologia grega, que eram adoradas pelos homens de seu tempo, como sendo apenas fogo misturado a diferentes tipos de incensos.
E a alma consiste apenas de mais uma rarefação do fogo e sofre as mesmas mudanças que todas as outras coisas também experimentam; e a morte traz a completa extinção da alma.
"Para almas é morte tornar-se água, e para água é morte tornar-se terra, e de terra nasce água, e de água alma."
Novamente aqui, nesse raciocínio, vemos Heráclito descrever seus caminhos "para baixo" e "para cima".
Parmênides
Parmênides nasceu na colônia grega de Eleia