Café Boost

O café é, desde a metade do século XVII, o principal veículo de distribuição da cafeína, aquela que é a única droga psicoativa socialmente aceita. Uma droga saborosa e poderosa, mas inofensiva. Uma droga que tem um barato benéfico, mantém um humano desperto e produtivo por mais de 3 horas, sem grandes riscos e com efeitos colaterais leves.
Uma droga cujo consumo é de várias formas positivo, destaque-se o fato do café ser um antioxidante mais poderoso que o chocolate e o vinho (DOREA; COSTA, 2005). Neste artigo, vamos destacar o seu papel como aceleradora do desenvolvimento humano.
Se foi a agitação das cabras de Kaldi ou o vigor das orações do sheique Omar, não se sabe. Fato é que os efeitos do consumo daqueles grãozinhos, até então desconhecidos, fizeram do líquido escuro chamado café uma das bebidas mais consumidas do mundo. Só no Brasil, segundo o Dr. Ricardo A. Teixeira do Instituto do Cérebro de Brasília, citando relatório da
ABIC em artigo de 2008, “mais de 90% dos indivíduos com mais de 15 anos consomem café diariamente”, índice que se mantém em escala global.
Aceita-se que o café seja originário e descoberto na Etiópia do século sexto. É levado para a Europa somente em meados dos anos 1600, época precursora das monarquias absolutas, e da expansão do comércio internacional que enriqueceu a burguesia. Alastra-se rápido e faz dos Cafés, já no início do século XVIII, centros de encontro e reunião de aristocratas, burgueses e intelectuais. Com a fama de "provocar ideias", o café conquistou, rapidamente, o gosto de escritores, artistas e pensadores. Lord Bacon atribuía-lhe a capacidade de "dar espírito ao que não o tem". O tamanho do impacto da bebida fica claro:
Evidenciou Guglielmo Ferrero a influência do vinho na civilização da Itália. Mas se, em lugar da invenção de Noé, se houvesse adotado ali somente a do anônimo pastor abissínio da região de Kaffa, maior sem dúvida teria sido o progresso da gloriosa terra do Dante. Não é mais lenda,