C0brimento

A partir do momento em que se resolveu unir aço e concreto dando origem ao concreto armado, desenvolveu-se um dos materiais mais utilizados pela construção, tanto para levantar edificações, quanto para erguer obras-de-arte. Grande parte do sucesso dessa combinação é em virtude das armações utilizadas para reforço não exigirem, em tese, tratamentos contra corrosão, uma vez que além da função estrutural o concreto atua como uma camada “protetora” que reveste o aço, denominada cobrimento.

Como diz a NBR 6118/14, “a durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura”.
O cobrimento pode ser definido como uma espessura mínima que um elemento de concreto armado deve ter para que seja garantida a proteção da armadura.
Pois é de fácil conclusão que uma vez que a armadura passa a ficar exposta está sujeita a corrosão (efeito da oxidação). Embora este seja o denominador mais conhecido do cobrimento existem outros pelos quais o cobrimento deve ser utilizado, como previsto pela norma NBR 6118/14, entre estes pode ser citado, por exemplo, a proteção da armadura contra incêndio, visto que, se exposto, o ferro derreteria com certa facilidade.

AGRESSIVIDADE DO AMBIENTE De acordo com a norma brasileira ABNT NBR 6118 (Item 6.4), ‘’ a agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto’’. Portanto, quando o cobrimento é muito fino em relação à agressividade de um ambiente, defeitos na estrutura ocorrem em poucos anos, levando ao desplacamento do concreto, à fissuração intensa e, podendo chegar, sem reforma, ao desaparecimento da armadura e consequentemente levar a estrutura à ruína.
Com isso, a ABNT NBR 6118 estabeleceu uma classificação em