Breve história dos fantoches
O Fantoche é tão antigo como as civilizações e em todas tem desempenhado papeis, ou os seus papeis.
Na sua origem o espectáculo de fantoches esteve unido com as manifestações animistas das sociedades primitivas, e tal como as máscaras com as quais se aparentam foram na sua origem objectos sagrados, personagens que eram intermediários entre essas sociedades primitivas e os seus deuses.
Nas cerimónias dos rituais de magia animista, dispunham de uma força que chegava a amparar os homens, tal era a importância que se lhes atribuía. Era o fantoche ou a máscara que conferia poder divino ao personagem. Eram pois, hieráticos, proféticos, iniciadores, conjuradores, servindo todas as formas de uma dramaturgia simbólica.
Neste caso a sua manipulação estava reservada somente aos iniciados que iriam proceder à cerimónia. Por exemplo: As marionetas Hopi do Arisona, simbolizavam as filhas do “Deus Mais”, e estavam encarregues de obter a fertilização da terra pelo céu, com a ajuda dos Deuses do ar.
O importante é que a boneca acompanhasse o acto desejado. Pensa-se que as marionetas apareceram ligadas ou que eram descendentes da estatuária animada Egípcia, que serviram sociedades arcaicas e se integraram nas Maios elaboradas liturgias cristãs da Idade Média.
Na antiguidade clássica, os fantoches encontravam-se no interior dos templos, em tamanho grande, e participavam nas festas processionais de iniciação. Já no Século VII, o concilio Quinisexto, tomou posição contra a representação de Cristo e os Santos passaram a aparecer com feições humanas o que não tinha ainda acontecido.
Esta escolha de uma estatuária antropomórfica é sem dúvida determinante no desenvolvimento dos fantoches figurativos e imitativos dos homens passando a marcar até aos nossos dias o estilo, a técnica dos espectáculos de bonecos.
Muito se passou sobre a sua história e através de reforços e concílios e de exibições em vários