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Juliana Menezes – Crea-MT. Em 30/08/2004
Enfrentar o escaldante calor cuiabano economizando energia é uma tarefa árdua, ainda mais nesta época do ano. No mercado da construção civil, existem várias tecnologias que prometem deixar o calor do lado de fora de casa. Uma das alternativas é o uso do poliestireno expandido (EPS), o popular isopor, no lugar do tijolo oito furos de cerâmica. Os fabricantes prometem uma redução de até 10ºC na temperatura do ambiente em relação ao sistema convencional. Mas a realidade pode não ser exatamente essa.
Com o objetivo de testar a real eficácia do material, o arquiteto Robinson de Carvalho Araújo elaborou uma pesquisa comparativa entre os dois sistemas construtivos: o EPS e o tijolo de cerâmica oito furos. A pesquisa foi tema do mestrado em Climatologia Urbana. Robinson observou que o uso do EPS reduz a temperatura do ambiente em até 2ºC, abaixo portanto do que dizem os fabricantes.
Na primeira fase da pesquisa, foram comparadas duas casas residenciais semelhantes, com cobertura de cerâmica e laje. Porém, uma era feita de tijolos e a outra de EPS. A temperatura interna das casas foi medida várias vezes ao dia. O arquiteto observou que a diferença entre temperaturas era pouca e, ao meio dia, não havia variação alguma. Mas, para o arquiteto, esse resultado não descredencia o sistema: “Apesar da diferença de apenas 1 ou 2ºC., a construção em EPS ficava em 28ºC, dentro do limite de conforto térmico. A umidade do ar aumentou em até 8%, o que representa um ganho de qualidade de vida”, relata Robinson.
Já na segunda fase do projeto, foram construídas duas paredes no campus Cuiabá da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT - Veja fotos após o texto). As paredes foram colocadas próximas uma a outra, no eixo leste-oeste. As medições ocorreram no local da sombra, simulando o ambiente interno de uma residência. Para o sol nascente ao