Botox - aplicações clínicas
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Crítica Geral O artigo científico em estudo retrata um trabalho relativo a um assunto respeitante da Medicina Gastroenterelógica, surgindo na tentativa de demonstrar uma relação estatisticamente significativa entre refluxo esofágico, ácido e biliar. Estuda-se, além disso, se a presença de uma infeção determinada pela Helicobacter pylori pode ser um fator preponderante na interpretação dos resultados. Pode-se dizer que a publicação se encontra muito bem estruturada, concordante com as decisões tomadas pelos investigadores, apoiada numa extensa fundamentação, alargada pesquisa, dados e conteúdos. No entanto, os autores começam por explicar que se baseiam num estudo em que a percentagem de pacientes que desenvolveram refluxo esofágico, após 1 mês de submissão a uma esofagetomia, ronda os 42 %, valor um pouco distante do usado na investigação – 31,67 %. Tal desvio tende a suscitar, nos leitores, a implicação de um viés de seleção dos pacientes. No que diz respeito à recolha bibliográfica, deve ter-se em consideração alguma subjetividade inerente à qualidade e enquadramento nos parâmetros estabelecidos para a recolha de artigos. Primeiramente, os autores começam por expor o número de pacientes que foram submetidos a esofagetomia, 79. Mais tarde, explicitam que apenas 60 pacientes dos 79 foram usados no estudo. No entanto, os mesmos não explicam qual o critério utilizado para a seleção deste subgrupo, o que leva o leitor a suspeitar de mais um viés de seleção, podendo descredibilizar um pouco a investigação, logo numa etapa primária. Há, ainda, que salientar um outro ponto que poderá comprometer a interpretação de resultados da investigação. Os pacientes estudados foram todos submetidos a cirurgia. Mas, a cirurgia não foi realizada ao mesmo tempo em todos os pacientes, dado que os mesmos foram operados no período de 2 anos, de Março de 2007 até Outubro de 2009. Tal evidência suscita dúvida no leitor acerca dos métodos e instrumentos usados em cada cirurgia.