Borboleta Azul

Introdução Este trabalho tem em vista um conhecimento mais profundo sobre os hábitos e características da Maculinea alcon (borboleta azul), como a relação imprescindível para o seu desenvolvimento com as plantas do género Gentiana e com as formigas do género Myrmica. Procedemos à realização de um pequeno vídeo e a uma parte escrita em que nos baseamos, principalmente, em artigos científicos.
Classificação:
Reino: Animalia
Divisão: Rhopalocera
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Lycaenidae
Género: Maculinea
Espécie: Maculinea alcon

A borboleta azul e o declínio populacional

A borboleta azul (Maculinea alcon) tem sofrido um declínio acentuado em quase toda a Europa nos últimos 20 anos, com pressões antropogénicas cada vez mais fortes e insustentáveis (Thomas and Settele, 2004). A constante construção de vias de comunicação, como auto-estradas, destroem o habitat destes insectos e fragmentam as populações, isolando-as, diminuindo, assim a sua variabilidade genética e tornando-as propícias à extinção (Munguira and Martin, 1999). Esta espécie é muito sensível a perturbações no seu habitat, pois depende, para completar o seu ciclo de vida, de um género específico de plantas (Gentiana) e de formigas (Myrmica). A presença da planta é, aliás, o principal factor que delimita as densidades populacionais desta espécie. O género Maculinea, pelas suas particulares características de habitat, tem uma capacidade muito pequena de mobilidade comparada com a maioria das outras borboletas (Nowicki et al., 2005), o que se torna um sério problema tendo em conta a actual paisagem europeia, que tende a ser cada vez mais urbanizada (Thomas,1991). No entanto, a comunidade científica europeia tem lançado programas de conservação que visam a recolonização desta borboleta e aumentar assim as suas populações. Em Portugal, mais propriamente no Alvão, tem-se feito um grande esforço na recuperação da espécie, com resultados bastante positivos.