Boca de Lixo

Ilha das Flores
Através da análise de processos históricos, percebe-se que na época das grandes navegações iniciou-se um intenso processo de trocas comerciais, tornando o mundo interligado. Referente a tal situação há um relevante contato entre povos de culturas e religiões distintas, assim, consequente e inerente a esse período diversos conflitos passam a existir, conflitos estes causados pela busca incessante de rotas comerciais, conquistas territoriais, mercado consumidor e mão de obra, ou seja, fruto do processo de globalização.
É notório que o sistema capitalista tem uma incessante busca pelo lucro, onde na maioria das vezes, alicerçadas pelo modelo fordista de produção e influenciadas por uma mídia impostora, homens máquina se tornam escravos do consumismo e homens que tem o relógio e o tempo instrumento de ganhar dinheiro.
O documentário Ilha das Flores, nos mostra perfeitamente como o modelo capitalista nos é imposto e que na própria cadeia econômica e social, nos tronamos individualistas e egocêntricos. Diante disso, valores são diminuídos, valores como solidariedade e compaixão são arruinados pela eterna ânsia do ter.
O vídeo é baseado no percurso de um simples tomate, desde o seu plantio e colheita até o ponto final: o lixão. O curta enfatiza completa desigualdade social onde o produtor, o burguês, comercializa seus tomates e uma dona de casa, para fazer o almoço de sua família, os adquire através de moedas de troca em um supermercado. Após o julgamento de um tomate inadequado, este logo é descartado, não só pela vendedora de perfume, mas também, para a alimentação de porcos, servindo posteriormente para o subsidio de uma população carente e excluída da sociedade.
O fato de moradores de um lixão estrem abaixo de suínos na cadeia nos faz crer que apesar de sermos seres humanos com telencéfalo altamente desenvolvido e termos o polegar opositor beiramos a irracionalidade. Com o advento do capitalismo, há uma completa divisão da sociedade,