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CHINA

É comum observar a história sendo escrita sob uma visão eurocêntrica, afinal, desde os tempo mais remotos os documentos históricos que embasam a história seguem de acordo com os interesses dos protagonistas desta, especificamente daqueles que possuem maior influência. Como exemplo disso, vemos a nomenclatura “Oriente Próximo”, “Oriente Médio” e “Extremo Oriente”, que são baseadas no que é próximo ou distante da Europa, ou até na forma de contar a história do povo sul-americano somente a partir da colonização europeia e considerando que não há nada de relevante no período anterior a este. Dessa forma, é comum olharmos pela visão de que os países europeus sempre foram os mais poderosos, as potências mundiais ou os mais desenvolvidos, destacando a Inglaterra, que “deu” o pontapé inicial na Revolução Industrial, fato extremamente importante para a economia, desenvolvimento e para as diversas áreas do conhecimento dos países que foram influenciados por esta. Assim, é comum acharmos que a Europa encontra-se a frente de tudo, o que, por consequência, acaba por marginalizar países orientais como a China. Poucos sabem que até o século XIX, o continente Asiático possuía a maior economia do planeta, com destaque à China e à Índia. Para se ter uma ideia, no ano de 1820, enquanto toda a Europa Ocidental possuía Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente 160,1 bilhões, a China sozinha possuía um PIB de 228,6 bilhões. Em 1870, a Ásia era responsável por 38,3% da produção mundial, enquanto a Europa Ocidental, 33,6%, sendo a China possuidora do maior PIB da primeira. Apenas no final do século XX a China perdeu sua soberania, principalmente por causa da industrialização.
Comparando a Ásia e a Europa antes da Revolução Industrial, podemos observar que as economias de ambas eram agrárias, e as manufaturas urbanas europeias não eram mais avançadas que as asiáticas; era notável a superioridade oriental em áreas como tecelagem, fabricação de porcelana e tintas. Porém,