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1) Introdução:
Este texto tem como objetivo relatar a Aula 06 de Epistemologia e Modernidade, ministrada no dia 11/09, a respeito do trecho do texto “Learning to read like a lawyer: text, context and linguistic ideology”, de Elizabeth Mertz. A aula consistiu, primeiramente, na apresentação do grupo, a qual tinha o dever de reconstituir o texto, trazer uma contribuição pessoal e propor uma questão para debate. Posteriormente, o professor guiou as discussões a respeito da apresentação e, também do texto.
Este texto será dividido em duas partes: a primeira consiste em trazer uma descrição sumária a respeito das discussões que foram feitas em sala de aula e a segunda em conectar as discussões de sala de aula com o texto. 2) Descrição:

Linguagem Performativa:
Foi discutido em sala de aula a respeito da qualificação que a autora faz em relação à linguagem do jurista. Segundo ela, a linguagem do jurista se diferencia da linguagem ordinária, pois constitui um ato de descrever e agir, por isso a chama de linguagem performativa. Além disso, foi levantada a comparação com a atuação do padre, ao proferir a frase “eu vos declaro: marido e mulher”, que também configura-se uma linguagem performativa.
A respeito da linguagem performativa, a autoria afirma que a linguagem do jurista é distinta da linguagem ordinária. O caráter performativo está justamente no fato de quando um juiz profere uma sentença, lendo-a, ele não está somente dizendo, sua fala constitui um ato processual concreto. Assim como o exemplo apresentado pela autora, quando o padre diz a frase “eu vos declaro marido e mulher” não configura apenas uma descrição daquilo que ele já fez, a própria fala configura o ato de concretizar o casamento. Além disso, a linguagem performativa dos juristas também foi distinta, durante a discussão em sala de aula, comparando com a fala do médico, por exemplo. Uma cirurgia não se concretiza somente com a descrição do médico, o descrever e o agir são atos distintos.