Bioterápicos
Os bioterápicos de estoque são produtos cujo insumo ativo é constituído por amostras preparadas e fornecidas por laboratório especializado. Já os isoterápicos são preparações medicamentosas obtidas a partir de insumos relacionados com a patologia ou enfermidade do paciente, elaboradas conforme a farmacotécnica homeopática, sendo classificadas como autoisoterápicos e heteroisoterápicos.
Os autoisoterápicos são isoterápicos cujos insumos ativos são obtidos do próprio paciente (fragmentos de órgãos e tecidos, sangue, secreções, excreções, cálculos, fezes, urina, culturas microbianas e outros) e destinados somente a este paciente. Os heteroisoterápicos, por sua vez, são isoterápicos cujos insumos ativos são externos ao paciente (alérgenos, alimentos, cosméticos, medicamentos, toxinas, poeira, pólen, solventes e outros), que de alguma forma o sensibiliza.
Hering, no século XIX, foi o primeiro a testar o “Lachesis”, o veneno da cobra sururucu, considerado o primeiro nosódio da história, o qual mais tarde se tornaria um remédio homeopático propriamente dito. O termo isopatia foi provavelmente inventado pelo veterinário Wilhelm Lux no século XIX. Após tratar alguns animais através da homeopatia, ele se convenceu de que toda doença contagiosa traz em si os meios pelos quais ela pode ser curada.
Por se tratar, na sua maioria, de materiais contaminados com micro-organismos, podendo alguns apresentar patogenicidade, o preparo dos bioterápicos e isoterápicos deve obedecer as técnicas homeopáticas e ser realizado em laboratório que garanta segurança biológica, de acordo com o Anexo V