Biotecnologia sustentável: possibilidades de utilização de resíduos da produção de açúcar e álcool para a produção de biodiesel através de microalgas.
RESÍDUOS DA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR E ÁLCOOL PARA A PRODUÇÃO
DE BIODIESEL ATRAVÉS DE MICROALGAS.
Dágon Manoel Ribeiro¹, Hânia Cardamoni Godoy3, Gustavo Graciano Fonseca2,
Alessandro Minillo4
¹ Acadêmico de Biotecnologia UFGD, ² Bolsista DTI - CNPq, ³ Professor da FAEN - UFGD, 4
Pesquisador Visitante do CNPq – FAEN - UFGD. dagonribeiro@hotmail.com.
INTRODUÇÃO
O Brasil apresenta expressivo destaque no mercado de açúcar e álcool em função dos baixos custos necessários à sua produção. Sem contar o efeito desse mercado em relação a empregos, em que as usinas acabam absorvendo mão de obra de toda região (COSTA, 2006).
A grande vantagem do álcool etílico sobre os combustíveis fósseis decorre que o plantio da cana de açúcar contribui com uma medida de redução dos gases promotores do efeito estufa, em razão do seqüestro de dióxido de carbono da atmosfera para seu crescimento, o que equaliza a relação de CO2 produzido pelo álcool (CAMARGO,
2008).
Com o aumento da produção de etanol a partir da cana de açúcar, é notório um aumento na geração de resíduos associados neste sistema de produção. A exemplo destaca-se a vinhaça, que é o principal resíduo gerado do processo de destilação do caldo fermentado da cana de açúcar, e que pode acarretar uma série de problemas para o meio ambiente. Uma das medidas usadas para minimizar os efeitos deste subproduto das usinas de álcool é a utilização deste resíduo como agente de fertirrigação, destinando seu uso como adubo nas lavouras de cana de açúcar (CORTEZ, 1992).
Está alternativa sempre foi descrita como a mais viável, quanto a disposição da vinhaça, possibilitando a melhora na produção da cana de açúcar. Contudo, esta medida requer níveis pré-determinandos quanto à utilização deste resíduo, em razão dos riscos de saturação do solo e contaminação do lençol freático, além de ser necessária criação de reservatórios para estocagem da vinhaça (SILVA, 2007).