biopsicossocial

Cromossomos são espirais de DNA que contém segmentos de genes. Tais segmentos quando são “ativados” (expressos) codificam proteínas que formam os tijolos construtores de nossos corpos. Os traços humanos são, então, influenciados por muitos genes atuando em conjunto. Qual é, portanto, a relação entre os genes, o ambiente, e o indivíduo, em sua diferença com outros indivíduos? Os Genes ditam a arquitetura geral do cérebro, mas a experiência de interação do indivíduo com o ambiente preenche os detalhes, desenvolvendo as conexões neurais e preparando o cérebro para o pensamento, a linguagem, e outras experiências.
As primeiras experiências deixam suas marcas no cérebro, enfraquecendo algumas vias neurais, e fortalecendo outras, ou seja, genes e experiências estabelecem ligações e conexões cerebrais. Pais e amigos, bem como a cultura, fazem parte da experiência (aprendizagem e adaptação ao ambiente) através de comportamentos, idéias, atitudes, valores, e tradições que são compartilhada(o)s por um grupo de indivíduos, e que assim são transmitidos de uma geração a outra.
O geneticista comportamental estuda as diferenças individuais a partir das inter-relações entre hereditariedade e ambiente, buscando, por exemplo, identificar genes responsáveis por determinados comportamentos. De outra maneira, a Genética Molecular e a Psicologia do Desenvolvimento entendem a herança genética como um processo de maturação independente da experiência individual, mas que interage com ela. Por exemplo, no amadurecimento do feto (que pode ser influenciado por experiências de desnutrição, uso de drogas pela mãe, abandono), no desenvolvimento motor (que pode ser influenciado por experiências de estimulação), no desenvolvimento da fala (que pode ser influenciado por um ambiente de maior ou menor interação verbal), no desenvolvimento do pensamento, das emoções, da sociabilidade, etc. É nesse sentido, então, que a influência genética explica parcialmente a variação observada entre os