biologia geral

COMO E QUANDO É UTILIZADA A ELETROFORESE DE PAPEL

O papel de filtro foi o primeiro suporte utilizado nos métodos eletroforéticos de zona.
Na eletroforese em papel as amostras são aplicadas em um ponto de uma tira de papel filtro ou acetato de celulose umedecida com uma solução – tampão. As extremidades da tira são imersas em reservatórios separados contendo um tampão no qual os eletrodos são colocados.
Com a aplicação de uma corrente contínua, os íons da amostra migram em direção ao eletrodo de polaridade contrária com velocidades características, até formarem bandas discretas. A velocidade de migração de um íon é influenciada até determinado ponto pela interação com a matriz do suporte, mas, em grande parte, depende mesmo de sua carga. Depois que o eletroforetograma estiver completo (o que, em geral, leva horas), deixa-se secar a tira e os componentes da amostra localizados.
Por sua simplicidade técnica, a eletroforese em papel permitiu-se ser utilizada mesmo por pequenos laboratórios. Esse método demonstra eficiência no que se diz respeito a separação de substâncias de baixo peso molecular, como aminoácidos ou peptídeos. A difusão produzida pode ser evitada aumentando-se a diferença de potencial entre os eletrodos e reduzindo o tempo de separação. Este tipo de eletroforese chama-se eletroforese de alta voltagem. A eletroforese em papel pode também se utilizada para o cálculo de pontos isoelétricos.
Porém, deve-se ressaltar que, como qualquer técnica, essa também possui inconvenientes, como uma grande evaporação, intensificada na eletroforese de alta voltagem, sendo necessário refrigerar o dispositivo de separação. Outro inconveniente é o fluxo eletroendosmótico, dado pelo movimento de arraste originado pelos íons do tampão de separação.
Vale lembrar que, ao contrário da sua eficiência com os aminoácidos, a eletroforese em papel não é útil na separação de ácidos nucléicos, pois a quantidade de cargas por massa molar de ácido nucléico é praticamente