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352 palavras 2 páginas
Características Pessoa (ortónimo)

Para Fernando Pessoa – ortónimo. Tudo é inteligência e todo o texto é produto da imaginação. No momento de produção Pessoa finge sentimentos e emoções, trabalhando artisticamente a verdade, tornando-se assim uma construção de sentido e não sentido. Surge assim a teoria do fingimento.
Depois, temos a dor de pensar, ou seja, a procura da racionalidade que tem Pessoa à infelicidade por tanto pensar.
Outra forma de procurar a felicidade era refugiando-se no passado, regressando à infância, ao sonho, por breves estantes, regressando em seguida a melancolia do presente.
Agora o poema que escolhemos “Aranha do meu destino” fala sobre o tédio existencial, ou seja, a angústia do auto-desconhecimento, levando este a ser incapaz de viver a vida…

A ARANHA

A ARANHA do meu destino
Faz teias de eu não pensar.
Não soube o que era em menino,
Sou adulto sem o achar.
É que a teia, de espalhada
Apanhou-me o querer ir...
Sou uma vida baloiçada
Na consciência de existir.
A aranha da minha sorte
Faz teia de muro a muro...
Sou presa do meu suporte.

Este poema pode ser interpretado de 2 formas distintas, consoante o valor dado a “teia”:
1º- esta pode ser uma espécie de teia que prende o “eu”, este preso observando a sua vida, não consegue compreender como pode ser ele. Analisa o que fora em menino, mas não se reconhece.
Sem encontrar uma resposta, uma saída desta teia que o agarrou, perde a vontade, o “querer ir”, deixando-se baloiçar aprisionado.
Porem a teia pode ser também só um fio, o fio da vida. A aranha, símbolo das Parcas, tece o destino do s. poético “muro a muro”, etapa a etapa da sua vida, Ele não quer ir, vai, ou seja, não escolhe, está destinado.
Assim, neste poema o s. poético apresenta uma perspectiva reflectiva acerca da incontrolabilidade do destino, tal como a teia traça o destino de quem por ela é apanhada, também o s. poeticose sente como uma presa da aranha e graças a esta nunca se

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