biocombustiveis
Fernando A. Santos
Introdução
A utilização de combustíveis fósseis é um dos principais factores que influencia negativamente a qualidade e o equilíbrio do meio-ambiente, pelo que a sua utilização deve ser condicionada, para que não se atinjam índices de poluição nos grandes centros urbanos, derramamento de petróleo no mar, etc., que ponham em causa o ecossistema terra.
As altas emissões de monóxido de carbono (CO), óxidos de azoto (NOX) e dióxido de enxofre
(SO2) são os principais causadores das chuvas ácidas, extremamente prejudiciais às florestas, agricultura e saúde animal. Os combustíveis fósseis possuem uma taxa de emissão de CO2 muito alta, factor directamente relacionado com o problema do efeito estufa e suas consequências (aumento da temperatura global, desequilíbrio ecológico, entre outros).
Sendo os biocombustíveis, líquidos ou gasosos, fontes de energias renováveis, derivados de produtos agrícolas (culturas energéticas), como a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas, biomassa florestal e outras fontes de matéria orgânica, utilizados isoladamente ou adicionados aos combustíveis convencionais, permitem uma diminuição da emissão de gases poluentes minimizando-se, assim, o impacto no meio ambiente.
Dos biocombustíveis líquidos com potencial de utilização, os mais comuns são o biodiesel e o bioetanol, sendo o primeiro obtido a partir de óleos orgânicos e o segundo a partir da fermentação de hidratos de carbono (açúcar, amido, celulose). Os biocombustíveis gasosos, que têm origem nos efluentes agro-pecuários, industriais e urbanos (lamas das estações de tratamento dos efluentes domésticos) e ainda nos aterros, são constituídos por uma mistura de gases, em que o metano é o gás predominante, sendo esta mistura denominada por biogás.
Biocombustíveis vs combustíveis fósseis
Os biocombustíveis não podem, na prática, substituir os combustíveis fósseis (gasolina e gasóleo), pois a área necessária para a