Biblioterapia

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CAPÍTULO 2

BIBLIOTERAPIA

Em psicoterapia, é de responsabilidade do psicólogo clínico ordenar os recursos e meios psicoterapêuticos que estimulem e promovam ao paciente descobrir a si mesmo e encontrar novas formas de agir para a melhora da sua saúde psíquica. Uma dessas técnicas é a Biblioterapia que consiste basicamente no uso da literatura como uma forma de terapia auxiliar para ajudar pessoas a lidarem com seus problemas de ordem emocional, mental e social, permitindo que desenvolvam um senso de identidade e novas perspectivas que conduzam a uma modificação no comportamento, a fim de se adaptarem de maneira satisfatória às diferentes situações em suas vidas. Para se ter uma noção mais ampla do significado do termo “biblioterapia”, é interessante compreender outros termos a partir de horizontes lingüísticos e culturais na história humana. A palavra “terapia”, no hebraico e em grego, tem o sentido de prevenção e prospecção, ou seja, muito mais do que uma cura. O médico é aquele que ensina aos outros como cuidar de si mesmos, como cuidar do ser. A palavra “terapeuta” tem com primeiro sentido “aquele que cuida”. Fílon de Alexandria, em um livro chamado De vita contemplativa, descreveu uma confraria com o nome de “Terapeutas”, que vivia ao sul de Alexandria no século I. O segundo parágrafo desse tratado traz uma observação terminológica importante:
O nome revela o projeto desses filósofos, chamados de Terapeutas primeiramente porque a medicina [iatriké] de que fazem profissão é superior àquela que ocorre em nossas cidades – esta só cuida do corpo, mas a outra também cuida do psiquismo [psykas], vítima dessas doenças terríveis e difíceis de curar que são o apego ao prazer, a desorientação do desejo, a tristeza, as fobias, as invejas, a ignorância, o desajuste em relação ao que existe e a multidão infinita das outras patologias [pathon] e sofrimentos. (QUAKNIN, 1996, p. 13)

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Esses primeiros terapeutas não se ocupavam somente com o corpo-objeto,

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