Belo Horizonte
Desde as suas primeiras décadas, a cidade já demonstrava sua vocação cultural na área da literatura. Jovens idealistas e poetas, na década de 1920, incorporavam-se à Rua da Bahia, a principal via da cidade na época. Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Em 1925, Carlos Drummond de Andrade e seus companheiros lançaram A Revista que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.230 Ao longo dos anos sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Ziraldo e Paulo Mendes Campos.225 Hoje, na área literária, destaca-se também a realização anual do Concurso Nacional de Literatura Prêmio Cidade de Belo Horizonte, que foi instituído pelo Decreto nº 204 de 1947, e é promovido pelo Município de Belo Horizonte e coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, tendo como finalidade distinguir obras inéditas, em Língua Portuguesa, de autores brasileiros natos ou naturalizados em três categorias (Ensaio, Poesia e Autor Estreante e Dramaturgia).231
O Palácio das Artes.
No teatro, os grandes expoentes são o Grupo Galpão232 e o Giramundo Teatro de Bonecos, que é um importante grupo especializado em teatro de bonecos. Eles mantêm um museu de bonecos que criaram desde a sua fundação em 1970, tendo lançado seu primeiro álbum completo em 1981 e 11 trabalhos desde então.233 Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que têm sua origem em Belo Horizonte, como o Grupo Primeiro Ato e o Grupo Corpo, que é talvez o mais famoso grupo de dança contemporânea do país; foi criado na