BC aponta relação promíscua entre BVA e KPMG - Resenha Crítica

273 palavras 2 páginas
BC aponta relação promíscua entre BVA e KPMG – Resenha Crítica

É fato de que o trabalho do auditor não se resume a uma busca por fraudes em empresas, como a maioria dos profissionais contábeis esperam, no entanto algumas informações fraudulentas, por se encontrarem em valores comparáveis ou acima da materialidade, podem ser encontradas até mesmo com facilidade pelo auditor para que ele possa analisá-las. A acusação apresentada pelo Banco Central é um destes casos.
Os valores dos problemas apresentados pelo BC são relevantes e, desta forma, uma auditoria de qualidade os teria abordado sem grandes dificuldades, o que pode comprovar que a KPMG seja de fato culpada por omitir as informações. Acredita-se que muito provavelmente estas informações tenham sido reconhecidas pela empresa, mas, que por algum motivo, não foram divulgadas.
A acusação de que a KPMG e a BVA estavam agindo criminosamente se fortalece ao entenderem que a opinião verdadeira a respeito das demonstrações tenha sido omitida, principalmente após identificarem a contratação de um ex-funcionário da firma de auditoria e assim perceberem que as realizações dos serviços ocorreram antes do período estipulado pelas normas brasileiras de auditoria para estes casos.
Considerando todas as acusações ao caso, creio que a KPMG estava de fato agindo irregularmente, omitindo informações e não cumprindo seu papel de auditor de opinar de maneira objetiva, cética e imparcial sobre a qualidade da informação contábil do banco, em especial por estarem divulgando erroneamente opiniões inadequadas ao afirmarem que o Banco não apresentava quaisquer problemas. Além disso, os erros apurados poderiam, por meio da realização dos testes com a qualidade a que se propõe o auditor, serem identificados.

Relacionados