BASCHET, Jérôme. A expansão ocidental das imagens
Departamento de Artes Visuais
BASCHET, Jérôme. A expansão ocidental das imagens - Um mundo de imagens novas. In:___ A civilização feudal. Do ano mil à colonização da América. São Paulo, Globo, 2006. cap. VI. p. 481-523.
O trabalho do autor baseia-se na pesquisa de imagens religiosas medievais que são contestadas à medida que a Igreja Católica expande sua doutrina religiosa e define seus dogmas que baseavam sua organização e seu domínio sobre a sociedade. Ao decorrer do texto, o autor apresenta alguns exemplos de contradições que as imagens sagradas impõem sobre o poder católico em relação à sociedade daquele tempo.
A história ocidental das imagens é baseada na aceitação da representação do divino que foi sendo aceita ao longo de sua trajetória sobre questões ligadas ao sagrado. Porém, antes de sua aceitação, as imagens sofriam por fortes resistências ligadas às passagens bíblicas do Antigo Testamento, como as tábuas da Lei de Moisés (Ex 20,4) que denunciam a veneração de falsos ídolos. Era necessário, naquela época, se distinguir das características pagãs.
Depois de um tempo que a pressão muçulmana cessou sobre os Imperadores, o Império se reinstala e a teologia dos ícones passa por uma aceitação onde somente os dirigentes do clero declaravam ser transmitidas aos fiéis pela tradição da Igreja. O Ocidente cristão, assim, assume as imagens e reconhece-lhes papel importante.
No ano 600, o papa recrimina a destruição das imagens, onde justifica que: "Elas permitem aos iletrados compreender a história sagrada (“nelas, podem ler aqueles que ignoram as escrituras ”). Elas são um substituto do texto sagrado, que implicam, como este, uma operação de leitura, mas desvalorizada pelo estatuto subalterno de seus destinatários." (BASCHET, Jérôme. 2006. cap. VI. p.484). Essa expressão desencadeou a compreensão das imagens na sociedade medieval em detrimento às suas práticas e funções.
Nos séculos XII e XIII, a teologia ocidental valoriza