Barroco na Música

“Barroco: O que não se encontra conforme as regras das proporções, mas do capricho. Diz-se do gosto e do desenho. As figuras deste quadro são barrocas, a composição é de um gosto barroco, para dizer que ela não é de bom gosto. Tintoretto tinha sempre coisas singulares e extraordinárias nos seus quadros: encontra-se sempre qualquer coisa de barroco neles.” (Antoine-Joseph Pernety, Dictionnaire portatif de peinture, sculpture et gravure, Paris: Chez Bauche, 1757, pg. 24)

Tintoretto (1518-1594) foi um pintor do Maneirismo e ficou conhecido principalmente pela dramática utilização da perspetiva e dos efeitos de luz.
“Barroco: O que não se encontra conforme as regras das proporções, mas do capricho.” É no Barroco onde são inevitavelmente subvertidos todos os ideais do Renascimento, a fé no equilíbrio espiritual e formal, a própria conceção do conhecimento que se tinham mantido no âmbito das teorizações formais. Foi um período marcado por grandes mudanças económicas, políticas, sociais e principalmente religiosas, factos como: a reforma protestante, a decadência das grandes navegações e a Contra-Reforma católica são decisivos para o instante. Não há um consenso entre os estudiosos sobre a origem da palavra “Barroco” mas a tese mais aceite é de que a palavra se teria originado do termo espanhol barrueco para designar um tipo de pedra de formato e espessura irregulares, marcada por manchas escuras. Segundo os clássicos, o Barroco, era marcado pelo mau-gosto, pelo exagero, uma arte irregular, daí esta associação com a pedra.
“As figuras deste quadro são barrocas, a composição é de um gosto barroco, para dizer que ela não é de bom gosto.” Os historiadores da arte dos finais do século XIX e início do século XX adotaram o termo “Barroco” para caracterizarem todo um período da arquitetura e das outras artes. Um crítico musical anónimo caracterizou a música barroca como sendo barulhenta, pouco melodiosa, caprichosa e extravagante nas suas modulações, repetições e