Bancalização

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Bancalização

Consoante esta conjuntura, então, as conseqüências revelam-se mais numerosas e capazes de atingir um número maior de consumidores, pois afetam, principalmente o custo do crédito, notadamente o bancário. Observe-se que, como contam com as vantagens do fenômeno intitulado de “bancalização” (a vida moderna impõe contratos bancários, nem que seja para poder receber o salário) e usufruem de pernicioso oligopólio, os bancos, acostumados a polpudos lucros, não deixarão por menos e irão repassar o aumento dos referidos impostos. A principal conseqüência irá recair sobre o custo do crédito, mesmo que alguns setores, como o crédito imobiliário, tenham ficado fora do pacote. Por exemplo: conforme divulgou a imprensa, simulação feita pela Anefac (que reúne executivos de finanças) apontou que devido ao aumento da tributação, um carro de R$ 25.000,00, quando comprado em 60 meses, sofrerá um aumento adicional de R$ 1.387,80 em seu custo. Também haverá aumento de custo para quem utiliza cartão de crédito para gastos no exterior. E ainda pior, ficará para quem utiliza o crédito do cheque especial, situação impossível de calcular antecipadamente, apenas sabendo-se que será capaz de espoliar violentamente a quem cair nesta armadilha financeira.
A economia ensina que os agentes econômicos podem dar os seguintes destinos para sua renda: a) poupar (entesourar, ou seja, manter sem dar um destino no mercado); b) investir (em atividade produtiva), c) gastar. Todos são livres para guardar seu dinheiro no colchão, mas não devem fazê-lo. Igualmente, não se deve desaconselhar que as pessoas utilizem seus capitais em investimentos, pois sem eles a economia não encontra condições para progredir e suprir as necessidades sociais por empregos e produtos e serviços para consumo da população. A questão esta na terceira opção que é gastar, ou seja, em consumir. Naturalmente, não se pode recriminar de todo o consumo, pois, inexoravelmente, ele faz parte das necessidades diárias de

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