Bafômetro e mitos

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Introdução

Iniciativas do poder público para prevenir o uso de bebidas alcoólicas por motoristas — causa de muitos acidentes nas estradas do país — trouxeram à ordem do dia, não sem suscitar polêmica, o instrumento popularmente conhecido como ‘bafômetro’. Esse instrumento de medição não vinha sendo muito utilizado, apesar de sua praticidade e eficiência.
A ingestão de álcool e suas conseqüências
Quando uma pessoa ingere bebidas alcoólicas, o álcool passa rapidamente para a corrente sangüínea, pela qual é levado para todas as partes do corpo. Esse processo de passagem do álcool do estômago/intestino para o sangue leva aproximadamente 20 a 30 minutos, dependendo de uma série de fatores, como peso corporal, capacidade de absorção do sistema digestivo e gradação alcoólica da bebida. A conseqüência é a intoxicação, que varia de uma leve euforia (a pessoa fica alegre) até estados mais adianta- dos de estupor alcoólico. Como resultado, a capacidade da pessoa para conduzir veículos é altamente comprometida, tendo em vista que a intoxicação afeta a coordenação motora e a rapidez dos reflexos. De acordo com a legislação brasileira em vigor, uma pessoa está incapacitada para dirigir com segurança se tiver uma concentração de álcool no sangue superior a 0,8 g/L. O que significa isso? Um homem de porte médio tem um volume sangüíneo de aproximadamente cinco litros. Então, esse teor de 0,8 g/L de sangue corresponde a cerca de 5 mL de álcool puro como limite máximo permitido. Isso corresponde a um copo pequeno de cerveja ou a uma terça parte de uma dose de uísque, considerando a primeira como tendo um teor alcoólico de 32 g/L e o último, 320g/L. No entanto, pode-se beber um pouco mais do que isso e ainda estar dentro do limite legal, tendo em vista que vários mecanismos no sangue encarregam-se de eliminar do organismo a substância tóxica. Entre os principais sistemas de que o organismo dispõe para purificar o sangue estão: (1) A eliminação, nos pulmões,

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