Bacharelado em administraçao

CADê a CAMera?

Nos anos oitenta eu trabalhava numa multinacional de lingerie e ganhava um salário em nível de diretoria, contudo a empresa entendia que os riscos de cortes da empresa era o que de mais importante havia em termos de economia de matéria prima, especificamente os tecidos que compõe o maior valor agregado em qualquer produto da confecção. A diretoria da empresa não se incomodava em pagar um salário de diretoria para que fizesse um serviço braçal, já que naquela época apareceu na empresa um aparelho chamado PANTÓGRAFO e depois de muitas tentativas entre os mais de trezentos funcionários da empresa julgaram que seria extremamente interessante que eu ficasse o dia inteiro operando aquele instrumento, fazia e refazia até chegar ao nível de aproveitamento determinado pela empresa. Como a empresa portava uma marca de lingerie americana existente em mais de 140 países, ela sempre procurava trabalhar de acordo com o padrão aplicado nesses países mais evoluídos e chegou até eles a informação que o RISCO DE CORTE ou MAPA ficava com um rendimento bom a partir de 80%... Só não passavam para nós da empresa que esse rendimento era conseguido através do sistema CAD e que era quase humanamente impossível conseguir o resultado exigido sem a tecnologia que naquela época só as grandes empresas começavam a trazer para o Brasil, inicialmente através da Lectra, Gerber, Investrônica, etc. Depois de dois anos em que eu já havia perdido 4.823 fios de cabelos e queimado 1.856.345 neurônios eles adquiriram um equipamento da Lectra e contrataram um profissional que ganhava o dobro do que eu ganhava para operá-lo... eles disseram que eu era muito burro para operar uma maquina moderna daquelas... quis pedir as contas, mas havia acabado de casar e precisava do serviço! Não passaram seis meses desde a aquisição do equipamento e eles chegaram a conclusão que não existia no país nenhum operador capaz de alcançar o resultado