Bacharel
Visita domiciliar é uma pratica profissional, investigativa ou de atendimento, realizada por um ou mais profissionais, junto ao indivíduo em seu próprio meio social ou familiar. No geral, a visita domiciliar, como intervenção, reúne pelo menos três técnicas para desenvolver: a observação, a entrevista e a história ou relato oral. As visitas domiciliares são entrevistas semi-estruturadas, dado que orientadas por um planejamento ou roteiro preliminar. A observação, sempre presente indica acuidade atenta aos detalhes dos fatos e relatos apresentados durante a visita.
A importância do relato está em “revelar como as pessoas dão sentido às suas vidas dentro dos limites e da liberdade que lhes são concedidos.” Cada vida é ao mesmo tempo singular e universal, particular e, no entanto, generalizável; as vidas são a expressão da história pessoal e social, bem como das teias relacionais de influencia. A interpretação do visitador deve observar a totalidade significativa da vida do sujeito. O que os identifica com outros profissionais que fazem visita domiciliar é a ideia de que as pessoas tendem a enfrentar melhor suas dificuldades quando estão em seu próprio meio social, familiar ou comunitário. O lugar do cotidiano, da realidade concreta ou mundo vivido como espaço de criação, aprendizado e emancipação, tem raízes no pensamento marxista.
O caso de atividades profissionais em que a visita é basilar e obrigatória é importante que o profissional que a desempenha efetivamente a adote como técnica, por opção. Tratando-se de uma escolha metodológica, vantagens devem ser consideradas. Entre as vantagens está o fato de realizar-se num lócus privilegiado, o espaço vivido do sujeito e, no geral, contar com a boa receptividade do visitado. Entre as desvantagens está a ausência de controle de o profissional saber o que acontece em torno da visita, ou seja, na casa. Essas desvantagens associa-se antes a natureza da