bacharel

A origem do pensamento antropológico está no imperialismo europeu, a partir da exploração dos espaços desconhecidos começam a surgir discursos sobre os habitantes desses espaços, através das reações dos primeiros viajantes e das missões religiosas. Isso se deu no século XV e no século XVIII é retomado iniciando-se o projeto antropológico com a construção de conceitos, começando pelo do homem que passou a ser visto como objeto do saber e não apenas como sujeito; a constituição do saber não apenas pela reflexão, mas pela observação. O saber empírico sobre homem enquanto ser vivo (biologia) que trabalha (economia), pensa (psicologia) e fala (linguagem). Um método de observação e análise: o método indutivo, grupos estudados empiricamente a partir da observação de fatos para extrair princípios gerais.
Nesse momento a Antropologia sofre forte influência do evolucionismo iluminista e adota o método de análise das ciências naturais. O século XIX é dos pesquisadores eruditos e no século XX a antropologia se constitui como disciplina autônoma, cujo objeto de estudo é homem enquanto produtor e transformador da natureza, enquanto membro de uma sociedade e de um dado sistema de valores.
O evolucionismo é a teoria que surgiu no século XIX, a partir da publicação do livro de Charles Darwin “A Origem das Espécies”, em 1859, após uma viagem às Ilhas Galápagos. O evolucionismo defende que a vida surgiu no planeta e desde então os seres vivos e as espécies vem se modificando e as modificações mais bem sucedidas, são selecionadas pelo ambiente, mantendo-se, enquanto as modificações não adequadas são extintas. O evolucionismo nasce em oposição ao criacionismo, segundo o qual a Bíblia narra à história da origem de tudo: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. Esta é a ideia central do criacionismo: Deus criou todas as coisas, inclusive o homem exatamente como eles são.
Examinar a gênese da Antropologia como ciência implica conhecer o contexto em que ela se forma e quais os