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A vida do Capitão Alonso de Contreras, nascido em Madri no ano de 1582 e morto em 1641, ficou registrada autobiograficamente através do livro Discurso de Mi Vida, que narra sua trajetória de fiel servidor da Coroa Espanhola, entre os anos de 1597 a 1630.
Contreras está, portanto, em plena atividade no período de apogeu da monarquia espanhola, entre o final do século XVI e primeira metade do XVII, conhecido como o Século de Ouro da Espanha.
Por seu contexto e detalhamento, bem como a condição social de Alonso de Contreras sua obra é considerada uma das mais relevantes autobiografias de soldados ibéricos:
Desde la aparición de su primera edición en 1900 y, sobre todo, desde que Ortega y Gasset publicó su fino y entusiasta ensayo en 1943, el Discurso de mi vida de Alonso de Contreras ha llegado a ser la autobiografía de soldado aventurero del Siglo de Oro más leída en el nuestro.1
No curso de seu texto, Contreras elege momentos pontuais de sua vida, focando de maneira intencional em eventos políticos e militares, tais quais as batalhas por ele vividas em Flandres e o episódio da tentativa de insurreição da cidade de Aquilla, nos territórios napolitanos do Império Espanhol, da qual foi governador por um período.
Destoa de sua dedicação a destacar seus feitos heróicos e sua fidelidade ao rei, poucos episódios de sua vida afetiva, destacando-se a sua paixão por uma prostituta e aquele no qual ele trata da traição de sua esposa, colocando-se no papel de um homem que fez defender sua honra, como agente do destino assassina a mulher e seu amante:
El chiquillo me lo dijo otra vez y, en suma, yo, que no dormía, procuré andar al descuido con cuidado, hasta que su fortuna los trajo a que los cogí juntos una mañana y se murieron. Téngalos Dios en el cielo si en aquel trance se arrepintieron.2
Contudo demonstra uma piedade cristã em relação aos dois, servindo tal momento para destacar sua preocupação em ressaltar a força de seu caráter,
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