Bacharel

Tiago de Oliveira Rocha

7º Período – Publicidade e Propaganda – Tarde

Resenha – Cultura da Convergência, de Henry Jenkins

O conceito de convergência discutido por Jenkins é um processo que muda os modos como o consumidor tem acesso e consome o produto midiático de fato. Convergência é a interconexão entre diferentes plataformas, que recebem esses produtos de mídia, que por sua vez serão consumidos, modificados e replicados pelos consumidores. Com o advento tecnológico, o sujeito passou a ter mais voz, em grande parte influenciado pela convergência e pelos aparatos que permitem a interação mediada e possibilitam uma cultura de inteligência coletiva ou conhecimento compartilhado. Algo que é criado e compartilhado pode chegar a um agente que vai modificar o conteúdo e replicá-lo, possibilitando ainda que outros vejam o conteúdo modificado, repliquem e ainda modifiquem novamente, formando uma série de redes e conexões. O exemplo citado por Jenkins a respeito da foto de Osama Bin Laden que foi modificada de maneira caricata, depois vista e replicada por milhares de pessoas em diferentes plataformas (computadores, celulares, cartazes etc) representa isso: um conteúdo se tornou outro conteúdo, que por sua vez deu origem a outros tantos conteúdos.

“Novas tecnologias reduzem o custo, expandem raio de ação e permitem aos consumidores comentar, arquivar e redistribuir conteúdos”. As marcas viram nessas possibilidades trazidas pela convergência um modo de se aproximarem dos consumidores e mais que isso, os próprios consumidores exigem esse nível de atenção por parte da marca. Mas é importante destacar que a voz do consumidor pode ser também de modo a criar sentido contrário ao da marca, tendo em vista que a criação de sentido acontece quando há uma audiência, ou uma troca entre sujeitos comunicacionais. O discurso do consumidor se tornou muito mais audível na medida em que as marcas se dão conta de seu poder, tanto de compartilhamento de sentidos como de voz