BABEL

(Domingo, 14 de maio de 2006)

Paciência de Mãe

Brian Cavanaugh contou a história de um garoto que padecia de uma terrível surdez parcial. Certo dia, ao voltar da escola trouxe consigo um recado para seus pais. Em secas linhas, a professora sugeria a estes que o melhor que fariam seria tirar o menino da escola. E explicava por que: "ele não tem inteligência para aprender nada".

Em vez de deprimir-se com o pessimismo do recado, a mãe do garoto simplesmente afirmou:

- É claro que meu filho Tom tem inteligência para aprender, sim. Eu mesma serei a professora dele.

A partir daí, além da tarefa da criação, tomou sobre os ombros também a da instrução escolar de seu filho.

Tom aprendeu, cresceu, tornou-se um bom profissional. E quando morreu, anos mais tarde, o país inteiro o homenageou, apagando as lâmpadas por um minuto, lâmpadas que ele próprio havia inventado.

Tom - era assim que a família de Thomas Edison o chamava - inventou não somente a lâmpada, mas também a câmara fotográfica, o mimeógrafo, o fonógrafo, o transmissor a carvão, o filme movimentado, o gravador, o microfone e mais de mil outras coisas registradas como invenções suas.

Dirá alguém: "Haja paciência!". Mas a paciência é justamente a matéria-prima de que as mães são feitas. É com este ingrediente que elas vislumbram no pequenino ser que têm nos braços o gigante que conquistará o mundo. As mães têm um pacto de cumplicidade com a esperança, de tal modo que mãe e esperança acabam sendo sinônimos; uma coisa alimenta a outra, e ambas se fortalecem. Não existissem as mães, e o mundo seria um pavilhão de loucos entregues aos mais incogitáveis desatinos.

As mães são assim: o vento sopra, e elas cantam; o frio bate, e elas oram; as trevas descem, e elas brilham.

Deus abençoe as mães, sejam elas biológicas ou afetivas! Pr. João Soares da Fonseca