Ações educativas de enfermagem ao paciente portador de dpoc
Desde o início da década de 80 observa-se o aumento da expectativa de vida em relação aos idosos; soma-se a este fato o surgimento de pacientes crônicos apresentando morbidades com conseqüências sociais, pessoais e de saúde (1). A DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) tornou-se uma patologia de grande repercussão no âmbito social e econômico, representando uma dificuldade para a Saúde Pública pela redução na produtividade, mortes prematuras, comprometimento do orçamento familiar, aposentadorias precoces e alto custo com tratamento e/ou internações(1).
Há um início precoce da DPOC (antes da quarta década), porém o diagnóstico é geralmente tardio visto que a doença progride de forma lenta e os pacientes podem ser assintomáticos ou apresentar manifestações mínimas implicando em uma invalidez progressiva a partir da sexta década(2).
A DPOC pode ser definida como um grupo de patologias respiratórias preveníveis e tratáveis ocasionando obstrução crônica fixa e não plenamente reversível das vias aéreas (3,4) . É caracterizada por um aumento da resistência ao fluxo de ar devido a uma obstrução parcial ou completa no nível da traquéia e dos grandes brônquios até os bronquíolos respiratórios e terminais(2).
Outros autores definem a DPOC como uma patologia progressiva associada a uma resposta inflamatória anormal dos pulmões à inalação de partículas e gases tóxicos causada principalmente pelo tabagismo que é o responsável por mais de 90% dos casos (5).
A Bronquite Crônica e o Enfisema Pulmonar constituem a DPOC podendo apresentar-se isoladamente ou por uma combinação desses distúrbios, manifestam sintomas e exacerbações interferindo na qualidade de vida das pessoas. A ação inflamatória crônica pode produzir alterações dos brônquios (bronquite) e parênquima pulmonar (enfisema pulmonar) que se modificam em cada indivíduo (6).
A história clínica de tosse, dispnéia e sibilos juntamente com fatores de risco exógenos como: tabagismo, gases tóxicos,