Ação Social da Igreja e encíclicas papais

RESENHA
Bibliografia: SOUSA, Charles Toniolo de. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. Rio de Janeiro, (2008). Disponível em: www.uepg.br/emancipacao

Sousa (2008), no seu artigo, ressalta a prática profissional do Assistente Social, chamando atenção para a instrumentalidade do Serviço Social e situando sua trajetória histórica por várias correntes a fim de construir, o que ele chama, corpo conceitual, a partir da concepção desenvolvida por Guerra (2000) e defendida pelo autor neste texto reflexivo do mundo profissional do Serviço Social.
Para Guerra (2000), que bebe na fonte lukacsiana da obra de Marx, a instrumentalidade do Serviço Social está compreendida em três níveis: a funcionalidade do projeto reformista da burguesia, processo operatório - aspecto instrumental, e uma mediação que leva análises universais às singularidades da intervenção do profissional da área. O texto nos lembra que a técnica-instrumental sempre foi valorizada, desde a época em que o Serviço Social se legitimava no contexto religioso.
Técnica, essa, tecida nos moldes norte-americanos que influenciaram fortemente os anos 40 e 60. Na verdade, como afirma Sousa (2008), esse é um debate que leva para um aprofundamento teórico sobre instrumentalidade do Serviço Social, tão primordial à pratica do profissional. Mas, no entanto, ressalva que não é o foco desse artigo a discussão teórico-filosófico sobre instrumentalidade. O autor defende, porém, que é preciso tecer alguns comentários de fundamentos científicos para não ficar no âmbito discursivo do senso comum.
Sousa (2008), como Assistente Social que é, produziu esse texto a partir de suas reflexões, estudos e experiência na área, enfatizando o contexto histórico, no debate sobre instrumentalidade, para explicar a intervenção do Estado e do setor empresarial como peças fundamentais e estratégicas para a profissionalização do Serviço Social, pois segundo Carvalho e Iamamoto