Avaliação
Davidson Garson Cabral
Skavy Kasper
Bibliografia
Perrenoud, Philipe.Introdução. In: Avaliação: da excelência à regularização das aprendizagens: entre duas lógicas. Artmed: Porto Alegre, 1999
Resumo
A avalização nasceu por volta do século XVII e se tornou indissociável do ensino de massa desde o século XIX, quando a escolaridade se tornou obrigatória.
De certa forma, avaliar é criar hierarquias de excelência. Por meio dessa hierarquia é que se decidirá sobre a progressão no curso seguido, a seleção no início do secundário, a orientação para diversos tipos de estudos, a certificação antes da entrada no mercado de trabalho, a contratação.
Atualmente existe uma nova crise de valores, da cultura, do sentido da escola. Resta-nos saber se há uma reinvenção das figuras impostas de um eterno debate ou se hoje acontece algo novo.
Apesar de querermos acreditar que a história se transforma diante os nossos olhos, no mundo escolar nada se transforma de um dia para outro. As discussões em que debatemos são retomadas décadas após décadas. A ideia de que a avaliação pode auxiliar o aluno a aprender não é nova. Há uma vontade em favorecer uma pedagogia diferenciada e uma maior individualização das trajetória de formação. Falar em avaliação formativa tornou-se constante. Entretanto não se pode melhorar a avaliação sem tocar no conjunto do sistema didático e do sistema escolar.
A avaliação formativa é peça essencial dentro de um dispositivo de pedagogia diferenciada. Quem não aceita o fracasso escolar e a desigualdade na escola se pergunta: como fazer da regulação contínua das aprendizagens a lógica prioritária da escola?
Uma avalização a serviço da seleção?
A avaliação é associada à criação de hierarquias de excelência. A nota é uma mensagem que não diz o que o aluno sabe, mas o que pode acontecer se continuar assim. Para uns é uma mensagem tranquilizadora e para outros inquietante.
As pequenas hierarquias se combinam para