Austrália Após a Crise de 2008

Austrália após a Crise de 2008

Embora a Austrália tenha sido o único país de economia desenvolvida a não entrar em recessão, o país sentiu efeitos da crise passando por dificuldades e ainda hoje, de tempos em tempos, surgem especulações sobre uma possível recessão da qual o país não conseguiria escapar. O problema ocorreria, segundo economistas australianos, principalmente devido à redução de investimentos no setor de recursos - o grande impulsionador da economia durante a maior parte da última década, a diminuição do número de funcionários e arquivamento de projetos que as mineradoras estão sendo obrigadas a fazer desde o começo da crise. Há um risco de crise caso essas reduções aumentem ainda mais e um dos fatores para esse aumento poderia ser a conclusão de projetos de gás em construção prevista para 2015 e a não substituição por outros investimentos. Esta crise faria alguns projetos de mineração inviáveis, aumentando a taxa de desemprego e trazendo um peso para a economia. O Reserve Bank australiano provavelmente seria forçado a reagir cortando ainda mais as taxas de juros - que já atingem níveis recordes – e isso poderia afastar os investidores e causar desvalorização do dólar australiano. Essa desvalorização até poderia ser boa para as empresas australianas exportadoras, porém prejudicaria os bancos uma vez que estes possuem a maior parte do financiamento no exterior e os pagamentos que eles tem de fazer seriam muito mais caros, o que poderia ter um efeito dominó para a economia. Contudo, especialistas acreditam que os bancos australianos estão adequadamente preparados para uma queda acentuada na taxa de câmbio e até o momento tudo não passou de especulação.
Como fato temos que, por volta de 5 anos atrás, o S&P/ASX 200 (índice que mede as 200 maiores ações no mercado acionário australiano, representando por volta de 80% do total de capitalização do mercado), alcançou um nível muito baixo com 3.120 pontos – uma queda massiva comparada com o nível