aula de administração

1. A CRISE DE 1929
O mundo pós-guerra
A crise de 1929 tem suas origens bem anteriores a isso. Entre 1914 e 1918, o mundo viveu a Primeira Guerra Mundial, com consequências desastrosas para a economia capitalista. Houve a desorganização do sistema de comércio internacional que deslocou a área central do sistema capitalista do continente europeu para os Estados Unidos. Com a maioria da mão de obra masculina sendo utilizada em combate ocorreu a falta de trabalhadores e o fechamento das fábricas. Uma das alternativas foi o uso da mão de obra feminina. Além disso, a economia europeia enfrentou a escassez de matéria prima.
Outra consequência foi o elevado déficit das economias com os elevados custos de financiamento da guerra. “A Europa perdera sua posição hegemônica para os Estados
Unidos, que se viam credores da incrível soma de mais de 4 bilhões de dólares. Essa soma referia-se apenas a empréstimos aos governos dos países aliados, à qual se somava uma reserva de ouro da ordem de 287,5 milhões de libras esterlinas” (Rezende,
1997).
Após a mudança da hegemonia econômica da Europa para a América do Norte, os
Estados Unidos vivem um período de grande prosperidade, muito relacionado às dívidas contraídas pelos aliados. A década de 20, aparentemente, foi marcada por um período de grande prosperidade, mas tal tendência não se demonstraria sustentável por muito tempo. “Quando os Estados Unidos viram-se impossibilitados de continuar a sustentar seus níveis de consumo interno, por uma absoluta escassez de capitais que se haviam transformado em estoques ou em investimentos externos, a economia-mundo mergulhou em sua crise mais grave” (Rezende, 1997). Neste momento, o arcabouço teórico dos clássicos não era suficiente para que os governantes buscassem a porta de saída para os problemas.
O padrão-ouro
Durante os anos de guerra, o padrão-ouro, (Gold Standard) foi abandonado pelos países europeus, o que gerou forte aumento da inflação. O aumento