Atução do TPI em Ruanda

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1994: Genocídio de Ruanda e o TPIR

“KIGALI, Ruanda (Reuters) – Sem a presença de líderes ocidentais, os ruandeses lembraram na quarta-feira (7 de abril de 2004) os dez anos do genocídio no país, furiosos e estarrecidos como sempre com o fato de o mundo não ter impedido um dos piores crimes do século 20. (..)
Acadêmicos concluíram que os assassinos –a maioria civis armados com facões, enxadas, tacos de madeira– fizeram o trabalho cinco vezes mais rápido que as câmaras de gás usadas pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial.
Algumas potências ocidentais são “criminalmente responsáveis” pelo genocídio de 1994 em Ruanda porque não fizeram o suficiente para impedi-lo, disse na terça-feira o comandante da força de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no país africano à época.
“A comunidade internacional não deu a mínima para os ruandeses porque Ruanda é um país sem importância estratégica”, afirmou o general canadense Romeo Dallaire, em uma conferência realizada na capital Kigali para lembrar os dez anos dos massacres.
O genocídio em Ruanda começou na noite de 6 de abril de 1994, depois que o avião no qual viajavam os presidentes de Ruanda e de Burundi foi derrubado.”

A notícia acima consegue descrever de forma sucinta diversos fatores que influenciaram e culminaram no genocídio de Ruanda, em 1994. A guerra civil afetou diretamente mais de metade da população ruandesa que tinha cerca de sete milhões de habitantes. Sem condições sanitárias suficientes, milhões de refugiados ruandeses morreram vítimas de doenças como a cólera e a sida. Este complexo conflito não resulta somente de uma antiga rixa entre duas etnias africanas. Diversos fatores, como a inação e incitação por parte das grandes potências levam-nos a reflexão sobre o papel do Comitê de Segurança e dos reais interesses, que permitiram tal massacre a cerca de 1 milhão de pessoas no espaço de 100 dias e causou um sério problema de refugiados que possui reflexo na região até os dias

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