Atuação do cirurgião-dentista na UTI
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INTRODUÇÃO Os pacientes que estão em estado crítico, na sua maioria, necessitam de cuidados individuais, sendo dependentes do suporte de profissionais da saúde. Dentre os diversos cuidados necessários, inclui-se o tratamento odontológico, visando manter uma boa higiene bucal, que é considerada a melhor forma de prevenir cáries, gengivites e outros problemas na boca e sistêmicos. Tendo em vista que é imprescindível a atuação de um dentista, principalmente em pacientes que estão na UTI, nota-se que essa prática ainda não está sendo feita da melhor forma possível, deixando a desejar, principalmente, no que se diz respeito à profilaxia desses pacientes. Os pacientes na UTI, na maioria das vezes, não possuem higiene oral diária. Espera-se que o paciente tenha alguma complicação para, posteriormente, ter um cuidado odontológico. Com isso, a prevenção se torna escassa. Petersem descreve que de todas as partes do corpo humano, a cavidade bucal é a que apresenta maior variedade de microorganismos. Diversas complicações podem ocorrer nesses pacientes, sendo uma delas a pneumonia nasocomial, na qual tem participação da condição bucal, ou seja, do dentista. Como a maioria dos pacientes que estão em unidade de terapia intensiva apresentam uma imunossupressão, é comum apresentarem esse tipo de pneumonia, principalmente os que não têm uma higiene bucal adequada, caso comum em pacientes na UTI. A pneumonia nasocomial exige atenção especial, pois é a segunda causa de infecção hospitalar. Esse tipo de pneumonia é acarretada, especialmente, por bastonetes Gram-negativos (bactérias), sendo a aspiração do conteúdo presente na orofaringe o meio mais comum de adquiri-la. No entanto, pode-se adquirir, também, devido ao grande número de bactérias provenientes de infecção periodontal. Com isso, é necessária a realização de métodos para diagnóstico, tratamento e medidas eficazes para sua prevenção, visando não piorar a situação de pacientes que estão na