Atletismo
Em 22 de julho de 1988, Robson Caetano obteve a marca na Cidade do México com um tempo considerado forte para a época: 10s, apenas 0s08 atrás da então melhor marca do mundo
Em 22 de julho de 1988, Robson Caetano obteve o recorde sul-americano dos 100 metros rasos na Cidade do México com um tempo considerado forte para a época: 10s, apenas 0s08 atrás da então melhor marca do mundo, pertencente ao norte-americano Calvin Smith.
Desde então, nenhum atleta brasileiro conseguiu superar o tempo de Robson Caetano, enquanto o recorde mundial foi quebrado diversas vezes. No Mundial de Berlim, em 2009, Usain Bolt correu a prova em incríveis 9s58. No Troféu Brasil, disputado em São Paulo no começo de agosto, Bruno Lins Tenório ganhou os 100 metros com 10s25.
O velocista, que passou dois anos suspenso por causa do escândalo de doping envolvendo a Rede Atletismo, e Nilson André são os representantes do país na prova, que tem início nesta segunda-feira nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara.
O que falta ao Brasil para ao menos superar a marca de Robson Caetano? O ESPN.com.br conversou com técnicos, atletas e ex-corredores para tentar entender este caso.
"É até difícil falar. Nós estamos com uma safra de velocistas que não está amadurecida para isso. Creio que tão breve apareça um atleta para bater esse recorde. Porque se alguém bater esse recorde, chegando perto, o que vamos pensar: estamos evoluindo. Mas não é que a gente parou de evoluir, é que não apareceu atleta para essa prova", disse Claudinei Quirino, medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Sidney-2000 no revezamento 4x100m.
"Somos conhecidos no mundo por excelentes maratonistas. Eu queria falar para você que os caras vão chegar pelos menos a 10s10, 10s18. Eu não posso falar isso, mas estamos melhorando", continuou o ex-atleta. "Ainda não chegou o momento, temos lugares bons para treinar, excelentes treinadores, nossos