ATIVIDADE PEDAG GICA E O DESENVOLVIMENTO DAS FUN ES PSICOL GICAS SUPERIORES

ATIVIDADE PEDAGÓGICA E O DESENVOLVIMENTO DAS FUNÇÕES PSICOLÓGICAS SUPERIORES

Ao considerar que o processo ensino-aprendizagem seja um processo complexo, multidimensional e determinado por uma série de variantes, entende-se que a psicologia do desenvolvimento humano, ao entrar na escola, procura levar em consideração não apenas o indivíduo, mas sim toda uma gama de relações, onde esse indivíduo é visto como um ser social, cultural, biológico e psicológico. Sendo assim, ao tratar da atividade pedagógica como uma unidade dialética entre ensino e aprendizagem, trata-se do processo de mediação muito defendido por vários teóricos da educação, levando a compreender que a mediação é o conjunto de relações que o indivíduo estabelece com o mundo que o cerca. Para Vygotsky, no processo ensino-aprendizagem, essas relações não se estabelecem de forma direta, mas a partir de uma relação mediada, sendo os sistemas simbólicos os elementos intermediários entre o indivíduo e/ou sujeito e o mundo. Desse modo, a proposta deste texto é ampliar a compreensão acerca das relações presentes entre o processo ensino-aprendizagem (ou educação escolar) e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, entendendo que no centro dessas relações está a atividade pedagógica, bem como, considerando-se as orientações de Vygotsky, Luria e Leontiev. A princípio, as autoras do texto analisado (Bernardes & Asbahr, 2007) buscam mostrar que Vygotsky foi um grande contribuidor da compreensão que se tem, atualmente, sobre a educação escolar. As autoras do texto analisado mostram de forma implícita, que para Vygotsky as funções psicológicas (elementares e superiores) têm um suporte biológico, pois são produtos da atividade cerebral, porém o cérebro não é um sistema de funções fixas, ou seja, suas funções se modificam a partir das necessidades vivenciadas pelo indivíduo. O cérebro, na verdade, é dotado de plasticidade, podendo ser moldado pela ação de elementos externos. Dessa forma, ele não é o