Atingidos Camponeses

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Atingidos: Camponeses
“A história do camponês brasileiro é a história da luta pela liberdade e contra a escravidão; pela posse da terra e contra o latifúndio; pelos direitos trabalhistas e contra o trabalho degradante; por autonomia política e contra o voto do cabresto; pelos direitos da cidadania e contra a discriminação social; pela igualdade e contra o preconceito racial; pelo direito à organização social e contra a exploração; contra a discriminação de gênero e pela afirmação dos direitos da mulher; contra a invisibilidade e pelo reconhecimento de sua identidade; contra o esquecimento e pela memória; contra a história distorcida e pela verdade; contra a impunidade e pela justiça”, afirma o texto de apresentação da exposição da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, “Memória Camponesa 1946-1988”.
A redemocratização do país, após o fim da ditadura de Vargas, em 1945, possibilitou o surgimento das Ligas Camponesas, associações com origem nas ações do Partido Comunista do Brasil (PCB) para “conquista das massas rurais”, em 1946. Com a cassação do registro do PCB pelo Supremo Tribunal Federal, em 1947, e dos seus mandatos eletivos, em 1948, o governo Dutra perseguiu e desarticulou as Ligas Camponesas. A luta continuou sob outras formas: posseiros e colonos reprimidos pela polícia e por pistoleiros, pegaram em armas para defender suas terras e famílias, em Porecatu, PR (1947-1951), Trombas e Formoso, GO (1954-1957), Pato Branco, Capanema e Francisco Beltrão, PR (1957).
Segundo Carneiro (2010), foi a partir da década de 1950 que os movimentos começaram a generalizar o uso do termo “camponês (que havia sido adotado no país, em meados dos anos 40, em meio às ações do PCB no campo, difundindo o termo adotado pela III Internacional Comunista), revestindo demandas locais em propostas políticas vinculadas a um projeto nacional. O termo “camponês” reunia diversas categorias (lavradores, trabalhadores rurais, meeiros, posseiros, foreiros, agricultores

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