Ateísmo

712 palavras 3 páginas
1. Introdução O projeto filosófico de Schopenhauer lança mão de uma profunda crítica contra os sistemas filosóficos fundados em princípios transcendentes, principalmente sobre aqueles que recorreram ao ‘absoluto’, ao ‘supra mundano’ com o objetivo de conferir significado à realidade. O filósofo considera tais filosofias estéreis e vazias, pois, a seu ver, nada de extraordinário chegam a afirmar. No quarto livro de sua obra prima, O Mundo como Vontade e como Representação1, Schopenhauer sustenta que esses sistemas filosóficos além de possuírem conceitos negativos, são vazios de conteúdo e, por seu turno, para fazem-se persuadir, recorrem ao ‘absoluto’, ao ‘infinito’ (SCHOPENHAUER, 2005). Tal crítica não aparece explicitamente em sua obra, pelo menos como um escrito específico do seu corpus literário, se assim podemos considerar, mas muito frequentemente podemos situá-la nas discussões acerca da religião e do ateísmo.
Em contrapartida a essas especulações, a filosofia schopenhaueriana mantém-se firme no terreno da experiência possível, fundamentando suas teses nos fatos da experiência interna e externa, sem ultrapassá-las. Conforme Cartwright, Schopenhauer recursa “a ideia de um absoluto e qualquer termo que pretenda se referir a algum final, infinito, incondicionado, necessário, ou ser primordial, bem como qualquer termo utilizado para designar algo que sirva como fundamento do mundo” (CARTWRIGHT, 2005, p.1). Desta maneira, Schopenhauer eleva-se frontalmente contra o teísmo, posicionando-se como um adversário explícito e determinado de qualquer fé em Deus.
A relação de Schopenhauer com o teísmo não é algo simples de se abordar; aliás, a relação do filósofo com as ‘religiões, constitui um embate e, nesse sentido, talvez seja preciso abrir uma exceção, o budismo como veremos.
Todavia, antes de investigarmos esse posicionamento radical faz-se necessário situar a religião em sua doutrina. Com efeito, pretendemos analisar esse posicionamento a partir da

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