At os anos 1960

Até os anos 1960, os valores que as pessoas mais prezavam eram a integridade moral, o conhecimento, as boas e sólidas relações de amizade, o conteúdo das pessoas era mais privilegiado do que a aparência. A partir dos anos 70, os critérios de valor começaram a se alterar e o pêndulo se voltou essencialmente na direção do que se consegue “ter”. As marcas de grife ganharam fama e se tornaram cada vez mais conhecidas. Agora além da preocupação do ter, é preciso ostentar, de nada adianta ter o produto cobiçado se não for para exibir. Se o consumismo já era um grave problema social, a combinação com a ostentação só agravou, enquanto a sociedade paga pelo preço a mídia mascara o seu papel.

Percebemos nesse caso a inversão de valores de uma sociedade totalmente influenciada pela atuação midiática. A mídia aliada a falta de informação e censo crítico da população que assimila todas as informações emitidas por esta como se fossem verdades irrefutáveis, sem refletir a respeito de tais informações, dita tendências, conceitos, constrói mitos e instigam a consumir. A publicidade, em especial a televisão está falando com as crianças e com os jovens todos os dias, enquanto os pais, as vezes só nos finais de semana ou no fim da tarde. A associação dietética norte americana realizou uma pesquisa em 2008 e constatou que bastam apenas 30 segundos para uma marca influenciar uma criança.

O funk ostentação é uma resposta ao nosso estilo de vida. É uma resposta a esse modo de agir, pensando em quando será lançado o próximo iPhone ou qual será a tendência na próxima coleção daquela marca. Os jovens e as crianças são o público desse funk e também representam o maior mercado consumidor. As pesquisas apontam que 80% da influência de compra dentro de uma casa vem das crianças (pesquisa intersciente, outubro 2003). As redes virtuais como instagram, snap chat favorece o campo do exibicionismo, da ostentação, tornando verdadeiras redes de competição de status sociais, uma verdadeira vida de