Asuhaush

2461 palavras 10 páginas
cultura, suscitada pela preocupação em compreender outros povos.
Não podemos usar analogias para revelar as idiossincrasias de outros estilos de vida sem aplicar estes últimos como "controles" na rearticulação de nosso próprio estilo da vida. O entendimento antropológico setorna um "investimento" de nossas ideias e de nosso modo de vida no sentido maisamplo possível, e os ganhos a serem obtidos têm, correspondentemente,implicações de longo alcance. A
"Cultura" que vivenciamos é ameaçada,criticada, contraexemplificada pelas "culturas" que criamos, e vice-versa.O estudo ou representação de uma outra cultura não consiste numa mera "descrição" do objeto, do mesmo modo queumapintura não mera- mente" descreve" aquilo que figura. Em ambos os casos há uma simbo lização que está conectada com a intenção inicial do antropólogo oudo artista de representar o seu objeto. Mas o criador não pode estar cons- ciente dessa intenção simbólica ao perfazer os detalhes de sua invenção,pois isso anularia o efeito norteador de seu" controle" e tornariasua invenção autoconsciente.
Um
estudo antropológico ou uma obra de arteautoconsciente é aquele que é manipulado por seu autor até o ponto emque ele diz exatamente o que queria dizer, e exclui aquele tipo de extensão ou autotransformação que chamamos de
"aprendizado"
ou
"expressão".Assim, nosso entendimento tem necessidade do que lhe é externo,objetivo, seja este a própria técnica, como na arte
"não
objetiva" ou obje tos de pesquisa palpáveis. Ao forçar a imaginação do cientista oudo artista a seguir por analogia as conformações detalhadas de um objeto externo e imprevisível, sua invenção adquire uma convicção que de outra forma não se imporia. A invenção é
"controlada"
pela imagem da realidade e pela falta de consciência do criador sobre o fato de estar criando.Sua imaginação -e muitas vezes todo o seu autogerenciamento -é
com-

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