Assédio moral

ASSÉDIO MORAL

Parte 2
2.1. Noções Preliminares

O termo “assédio moral” pode causar estranheza a muitos, tendo em vista o desconhecimento do seu significado, ou mesmo certa confusão, em face da semelhança fonética com outros fenômenos, tais como assédio sexual e o dano moral. Todavia, tal confusão se exaure caso seja apresentado as pessoas situações caracterizadoras de assédio moral, pois muitas reconhecerão serem vítimas ou conhecedoras de outros que já sofreram com práticas dessa natureza. Destarte, a determinação oriunda de superior hierárquico, para cumprimento de atribuições estranhas ou incompatíveis com a função do empregado, ou em condições e prazos inexeqüíveis, é uma conduta muita conhecida, no plano prático, pela maioria dos trabalhadores, incluindo-se, nesse viés, os comportamentos de desprezo ou humilhação perpetrados nas relações de trabalho, ou dos rumores e comentários maliciosos, ou críticas reiteradas e feitas em público. São práticas que podem, evidentemente, configurar o assédio moral.
Com base nessas perspectivas, portanto, assédio moral é a prática perversa, que aflige milhões de pessoas em todo o mundo e ocorre principalmente no ambiente de trabalho.
Trata-se de um fenômeno que se define pela repetição prolongada de atos que expõem o trabalhador à humilhação ou constrangimento, objetivando atingir a sua auto-estima, impedindo-o de desempenhar adequadamente sua atividade profissional.
Importa assinalar que ante o modelo de exploração do trabalho vigente (reflexo da globalização econômica), caracterizado por violentas pressões por produtividade e impessoalidade nas relações entre dirigentes e trabalhadores, implicando falta ou deficiência da comunicação direta entre subordinante e subordinado e no aumento da competitividade da empresa tem o assédio moral, hodiernamente, se apresentado de maneira crescente nos ambientes laborais, haja visto, não ser um fato novo.
Esses fatores, impulsionadores da globalização e aclamadores do