ASPIRAÇÃO TRAQUEAL
INTRODUÇÃO
A intubação endotraqueal e a instituição de ventilação mecânica invasiva são recursos amplamente utilizados no manejo de pacientes gravemente enfermos, com o intuito de proporcionar adequada troca gasosa àqueles acometidos por algum tipo de insuficiência respiratória. Entretanto, esses artifícios podem causar efeitos deletérios - inflamações, infecções e lesões traumáticas nas vias aéreas -, o que exige cuidados preventivos. O adequado manejo da via aérea artificial tem impacto direto no prognóstico dos pacientes, incluindo diminuição de morbimortalidade, de tempo de internação e de custos hospitalares
Nessa direção, um dos mais importantes cuidados de enfermagem é a aspiração endotraqueal (AET), voltada a remover secreções e com isso promover a manutenção da permeabilidade das vias aéreas, bem como otimizar a ventilação e a oxigenação.
O procedimento é imprescindível para a estabilidade da função pulmonar, já que a presença de uma prótese ventilatória interfere na fisiologia da tosse e do sistema mucociliar, o que pode inviabilizar a adequada depuração de secreções da árvore traqueobrônquica e provocar estase desse conteúdo. Isso pode causar atelectasias, infecções, comprometimento respiratório, obstrução do tubo endotraqueal, alterações hemodinâmicas e morte.
Atualmente dispõe-se de dois métodos ou sistemas distintos para a execução do procedimento: aberto e fechado. No primeiro, faz-se necessária a abertura do circuito respiratório desconectando-se o ventilador mecânico da prótese ventilatória, com subsequente aspiração com cateter de uso único; no segundo, que dispensa a desconexão do ventilador, o cateter de sucção é de uso múltiplo, podendo permanecer acoplado ao sistema por até 24 horas, segundo o preconizado pelo fabricante.
Existem controvérsias acerca da eficácia desses sistemas no tocante à redução de