Aspectos biológicos que propiciam a formação da colônia de Culex sp
Kenny Rodrigues de SOUZA¹; Drª Iléa Brandão RODRIGUES²
Bolsista PIBIC/CNPq¹; Orientador (a) INPA/CPCR²
1. Introdução
Culex quinquefasciatus (Say, 1823) é vetor diversos patógenos, dando destaque para a filariose bancroftiana doença já registrada no Brasil. Além desta doença outras também são decorrentes deste pernilongo, como encefalites, arboviroses, malária aviária e filariose canina, sem desconsiderar o fator de incômodo que este culicideo causa nos domicílios (Ministério da Saúde, 2011).
O Culex quinquefasciatus é um artrópodo de ciclo holometábolo (ovo, larva, pupa, e alado). As fêmeas em seu ciclo de vida resistem mais que os machos, para a sucessão de sua prole ser mais longeva. Por conta disso, as fêmeas necessitam realizar repasto sanguíneo para maturação de seus ovos. Considera-se a preferência alimentar da fêmea de Culex sp. por sangue de répteis, aves e mamíferos. Seus criadouros preferenciais são depósitos artificiais, solo ou recipientes ricos em matéria orgânica em decomposição, essencialmente em igarapés e córregos muito poluídos (Forattini, 2002).
Medidas de controle do Culex quinquesfasciatus são importantes para mitigar tais impactos negativos a sociedade. Trabalhos que visem o conhecimento da biologia e comportamento deste vetor permitem obter o controle do mesmo e minimizam o quantitativo de pessoas doentes por conta desse hospedeiro. Ter a criação de uma colônia em massa de Culex sp. em laboratório permite compreender seus aspectos biológicos e realizar estudos de princípios ativos neste culicideo visando o controle do mesmo (Tadei e Rodrigues, 2002; Litaiff et al. 2011).
O foco deste projeto é avaliar aspectos biológicos importantes para a criação de Culex sp. em condições de laboratório, envolvendo aspectos relacionados a alimentação sanguínea (mamíferos e aves) e ao tipo de água para criação e desenvolvimento de imaturos (poluída e não poluída)