asa branca

“O canto litúrgico monódico na Idade Média”

O cantochão, que em latim chama-se cantus planus (canto igual, invariável), é um tipo de música vocal, exclusivamente eclesiástica, executada por coros em uníssono ou em solo, sem acompanhamento instrumental, durante a celebração de cerimônias religiosas católicas. É o canto litúrgico do início da cristandade da idade média (séc. V ao XV), com ritmo caracteristicamente prosódico e texto em latim. Podemos observar vários tipos de cantochão, que foram modificados conforme a região e segundo suas características:
Romano (ou gregoriano): Atingiu seu auge nos séculos VII e VIII, quando foram feitas as mais lindas composições e, nos séculos IX, X e XI começa sua decadência devido ao seu “imobilismo”. Foi reconstituído e reabilitado a partir do século XIX, graças às pesquisas dos monges da Abadia de Solesmes, na França, e a adição do repertório gregoriano pelo papa Pio X, com base naqueles estudos. Seu nome é uma homenagem ao papa Magno Gregório (540-604). As melodias serem cantadas em uníssono e sem predominância de vozes; ritmo livre e sem compasso, baseado no fraseado e nas acentuações; cantado a capella e, suas letras serem em latim, quase todas retiradas da Bíblia, principalmente dos Salmos são suas principais características.
Canto ambrosiano: Consolidou-se em Milão e cercanias em meados do século XI, graças à influência do arcebispo Ambrósio a partir do final do século IV. Difere do canto gregoriano principalmente em virtude de seus atributos melismáticos e silábicos.
Canto galicano: É conhecida por este nome a canção da antiga liturgia praticada na França desde o século V a VIII. Uma vez que esta liturgia não sobreviveu à reforma de Carlos Magno, não tem códices com todo o seu fundo.
Moçárabe (visigótico): O repertório de cantos usados na liturgia visigótica da igreja medieval na Espanha. Chegou à sua maturidade entre 550 e 650, e foi fixado no tempo da invasão árabe (771). O termo “moçarábico” descreve um