As Yabas

6117 palavras 25 páginas
O caminho da Heroína.

Introdução: Pretendemos abordar neste pequeno estudo o conto “Oiá transforma-se num elefante” originário da mitologia Yorubá, por ainda se tratar de uma mitologia pouco explorada nos meios acadêmicos e que está a merecer nossa mais profunda atenção, negros que somos, todos nós, brasileiros.

“Em primeiro lugar, a parte da população nacional que descende de escravos é, pelo menos, tão numerosa como a parte que descende exclusivamente de senhores, a raça negra nos deu um povo. Em segundo lugar, o que existe até hoje sobre o vasto território que se chama Brasil foi levantado ou cultivado por aquela raça, ela construiu o nosso país....... tudo, absolutamente tudo que existe no pais, como resultado do trabalho manual, como emprego de capital, como acumulação de riqueza, não passa de uma doação gratuita da raça que trabalha à que a faz trabalhar.” (Joaquim Nabuco op cit in Antologia do Negro Brasileiro, pag19)

Joaquim Nabuco escreve no final do séc. 19, passaram-se cento e cinqüenta anos e o quanto pouco sabemos desta raça. Esta é a principal e poderia ser a única justificativa, porém existe outra. Provar que a Mitologia Yorubá é tão rica no seu aspecto simbólico como qualquer uma outra e neste provar traçar um painel de um dos arquétipos mais fascinantes do seu panteão: Yansã, a deusa dos ventos, do sexo, e dos mortos. Para tanto, iremos em primeiro lugar, definir a diferença entre mito, conto contextualizado, conto de fadas, fábula e parábola. Para aqueles que já possuem estes conceitos claros, convidamos para que passem diretamente à segunda parte, onde iremos apresentar um quadro mais específico da mitologia Yorubá como um todo, e do arquétipo em questão. Esta aproximação se faz necessária pelo pouco conhecimento que temos sobre este construto estético e ético. Iremos recorrer a mitólogos específicos como: Bastide, Nina Rodrigues, Artur Ramos, Verger, e os contemporâneos Reginaldo Prandi e Judith Gleason.

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