As organizações
AS ORGANIZAÇÕES VISTAS COMO PRISÕES PSÍQUICAS
A razão para este título e para podermos afirmar que as organizações são fenómenos psíquicos, baseia-se no sentido de que são processos conscientes e inconscientes que criam e mantêm as organizações como tais com a noção de que as pessoas podem, na verdade, tornar-se confinadas ou prisioneiras de imagens, ideias, pensamentos e acções que esses processos acabam por gerar. Compreende-se assim que embora as organizações possam ser realidades socialmente construídas, estas construções frequentemente acabam por apresentar uma existência e poder próprios e que permitem a elas exercer certo grau de controlo sobre os seus criadores.
Pode-se afirmar que uma organização representa um mundo de aparências, enquanto que o exterior o conhecimento. Todos aqueles que tiverem coragem para sair dessa “caverna” encontrarão um mundo que não compreendiam pois o seu modo de ver a realidade é bastante limitado e imperfeito, mas com o reconhecimento e aprendizagem as pessoas irão adquirir a habilidade de se libertarem do modo imperfeito de encarar as coisas; adquirirão novo conhecimento. Todos aqueles que continuarem a não o querer fazer vão permanecer na escuridão pois não quiseram enfrentar os riscos de exposição a um novo mundo que ameaça as antigas crenças.
Com o decorrer conseguiremos perceber como é que as organizações e os seus membros caem nas armadilhas oriundas de construções da realidade que, na melhor das hipóteses, representa uma simplificação imperfeita do mundo.
A ARMADILHA DAS FORMAS ASSUMIDAS DE RACIOCÍNIO
De seguida analisaremos como as pessoas nas organizações são aprisionadas por formas de raciocínio já assumidas.
Foi muito frequente, no início dos anos 70, diversas empresas tornarem-se prisioneiras do seu próprio sucesso. O que provocou o seu declínio foi o facto de o uso de certas políticas que as fizeram líderes