As festas juninas e seus espaços de sociabilidades
1.1 AS FESTAS JUNINAS.
No Brasil, as festas juninas ocorrem desde o século XVI, trazida pelos jesuítas, tinham o intuito de atrair os indígenas para a mensagem catequizadora dos padres, já que as festas Juninas coincidiam com o período em que os índios realizavam os rituais de fertilidade.
As comemorações juninas foram agregando valores regionais, criando variações da festa de acordo com a região, mas tendo em comum o louvor aos santos do mês de junho e dançar ao redor da fogueira. No Nordeste a festa era marcada pelos figurinos usados, onde geralmente os brincantes utilizavam roupas velhas e com remendos. Uma das partes das festas juninas mais comentadas é a quadrilha, porém não podemos utilizá-las como sinônimo, visto que as festas juninas não se resumem ás apresentações de quadrilhas, e sim a uma série de detalhes que fazem do período junino uma grande festa. Dentre tantos detalhes que cercam a mesma, podemos citar as quermesses, simpatias e comidas típicas que além da quadrilha dão um requinte a mais nas festividades do mês de junho.
A quadrilha brasileira tem o seu nome de uma dança de salão francesa para quatro pares, a "quadrille ". Esta veio para o Brasil seguindo o interesse da classe média e das elites portuguesas e brasileiras do século XIX por tudo que fosse a última moda de Paris.
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e, não obstante, inicialmente tenha sido adotada nos bailes promovidos principalmente pela elite urbana brasileira, esta dança expandiu seus espaços e públicos. Influenciada por outras danças já existentes no País, passou por algumas alterações. Dentre estas, por exemplo: aumento no número de pares dançantes, abandono de alguns passos e modificações na estrutura rítmica da dança.
Para além das questões supracitadas, a quadrilha, aos poucos foi conquistando outros ambientes florescendo também no Brasil rural (daí o vestuário campesino). Tornando